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Todos já percebemos que inovar é preciso, mas o que muitas vezes não sabemos, é como inovar e por onde começar.

Não existe uma receita pronta, mas alguns passos podem ajudar a organizar o pensamento e a realizar as ações para a gestão da mudança:

  1. Por que mudar? – O primeiro movimento para a mudança é entender porque mudar;
  2. Planejar a Mudança – Uma vez entendida a razão para mudar, vem a hora da decisão e planejamento da mudança;
  3. Executar as ações para a Mudança – As ações necessárias para a mudança desejada precisam ser implantadas;
  4. Tornar a mudança um processo – A mudança deve ser um processo e não um evento

Então vamos lá:

O primeiro movimento para a mudança é entender porque mudar.

Por que mudar? a resposta imediata é porque o mundo está mudando e nós também precisamos mudar. Verdade! Porém, se a dimensão da mudança não for plenamente entendida e se os movimentos necessários para que a transformação aconteça não forem priorizados, corre-se o risco de ficar no meio do caminho.

Para entender as reais necessidades de alterações em uma empresa, é preciso olhar para além das fronteiras e ver o que está acontecendo ao redor. Um destes acontecimentos é o avanço tecnológico, e aqui a coleção é vasta: Inteligência artificial, big data, internet das coisas, automação e robotização, além das questões mais básicas, como digitalizar, sistematizar e equipar a empresa com o que já existe no mercado.

Outro fator indutor da mudança e um dos que mais está exigindo atenção, são as mudanças climáticas, pois nada no futuro será encarado da mesma maneira, e recursos que hoje temos, de forma confortável, como a água e energia, poderão ser extremamente escassos no futuro próximo.

Assim como a tecnologia e meio ambiente, temos ainda grandes as questões comportamentais e sociais, acontecendo e mudando a forma de se fazer negócio em todo o planeta. Diversidade, acessibilidade, velocidade, enfim, existem muitas e importantes razões para mudar, mas qual é a prioridade? Se você decidir mudar tudo de uma só vez, não vai conseguir, ou as alterações não serão profundas, como exige hoje o mercado, ou sua empresa ficará confusa entre o hoje e o amanhã.

Por isso, olhe para sua organização com profundidade, para o ambiente de negócios onde está inserida, para a maturidade digital e a partir daí, analise quais são os pontos mais sensíveis e entenda as reais necessidades de mudança e em qual sequência devem acontecer.

Bem, agora que já sabe o que deve ser mudado, é hora de planejar a mudança.

Planejamento da Mudança – Uma vez entendida a razão para mudar, vem a hora da decisão e planejamento da mudança.

Mudanças podem ser disruptivas ou evolutivas, inovadoras ou comportamentais, podem envolver toda a organização ou apenas uma unidade de negócio, mas seja qual tenha sido a motivação da mudança e qual o tipo de transformação necessária, é preciso implementá-la. E a garantia de uma implementação eficiente é o bom planejamento e gestão da mudança.

Todo planejamento começa com uma visão de futuro, e para que seja traçada uma estratégia de implementação da mudança é preciso saber a lacuna entre a situação atual e a desejada. Só não podemos esquecer que estamos tratando de “mudanças”, “transformações”, e não de um planejamento comum, sem alterações profundas. E isso torna a tarefa mais complexa e vai exigir uma reflexão também sobre a cultura da organização. Algumas empresas são resistentes à inovação e reagem a ela como um sistema imunológico saudável reage a um vírus, não o deixando avançar no organismo.

Uma empresa tradicional, que não tem a cultura da inovação e da mudança precisará  adequar sua força de trabalho para que as transformações de fato ocorram. Tudo parece óbvio, mas muitas vezes o óbvio não é levado em consideração.

Planejar significa definir a sequência de movimentos, e é isso que deve ser feito para que sua empresa tenha sucesso no processo de transformação.

Mas como todos sabemos não basta planejar, para que as coisas aconteçam é preciso executar o planejamento. Novamente estamos diante do óbvio, mas sabemos que o óbvio muitas vezes não acontece.

Implantação das ações para a mudança – as ações necessárias para a mudança desejada, precisam ser de fato executadas

Uma transformação só ocorre se toda a força de trabalho estiver envolvida. E só há uma forma de engajar a todos: a comunicação!

A Comunicação corporativa é uma das melhores ferramentas para ser usada na implantação de qualquer estratégia. Mas em se tratando de transformações, ela se torna ainda mais importante. Compreender o cenário, entender as razões da mudança, conhecer as competências necessárias para o futuro, são conhecimentos fundamentais para que todos acreditem nas razões para mudar e efetivamente se disponham a mudar. As novas gerações trabalham por uma causa, e estar preparado para o futuro não deixa de ser uma boa causa para as transformações em uma empresa, mesmo que sejam difíceis.

O melhor investimento para que um processo de transformação aconteça é na aquisição de conhecimento e desenvolvimento de competências, são as pessoas que fazem os negócios. Porém, recursos financeiros também são necessários, seja na aquisição de tecnologia, de infraestrutura e até de outra empresa, por meio de fusões e aquisições, incluídos aí a possibilidade de adquirir startups. “Diga-me como é composto seu orçamento e te direis quem és!” Se não houver recursos alocados na inovação, ela não acontecerá.

Mas em um mundo em transformação, quantas mudanças precisarão ser feitas? Inúmeras, sem dúvida. Portanto a ideia de mudança deve estar presente no dia a dia da organização.

 Tornando a mudança um processo – A mudança deve ser um processo e não um evento

Quanto mais as empresas estiverem cientes de que a mudança é um processo, melhor conseguirão se adequar à modernidade e atender aos seus clientes de forma inovadora e eficaz.

A Gestão da Mudança, tão considerada nos Planejamentos Estratégicos, nunca foi tão respeitada pelos gestores e líderes organizacionais, com a diferença de que hoje, ela faz parte da rotina e deve ser observada em todos os processos essenciais do negócio. O próprio modelo de negócio da empresa deve ser revisitado periodicamente e ser avaliado sob o aspecto da inovação e de sua pertinência.

O mundo atravessa uma fase instigante e fascinante, e nós estamos vivenciando transformações intensas e que podem ter um impacto favorável fantástico em nossa sociedade e ambiente, só depende de nós, e eu acredito que as empresas têm um papel fundamental nesta evolução: agir com ética, seriedade, empatia e muita coragem!

 

Confira aqui uma leitura complementar para enriquecer o assunto:

Reorganization rules that work – publicado originalmente em podcast pela McKinsey e transcrito no site.

Vera Maria Stuart Secaf

Vera Maria Stuart Secaf

Sócia e Consultora sênior, atua há mais de 20 anos na gestão em organizações de diversos portes e setores. Vera é administradora de empresas com MBA na Fundação Dom Cabral e Kellogg e Master em Governança na Nova Economia pelo GoNew Economy.

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