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Tomar decisões é um processo complexo que envolve fatores qualitativos e quantitativos. E é desafiador para qualquer profissional, independente do nível de instrução ou experiência.

Por ser potencialmente impactante em diversos setores da empresa, toda mudança deve ser feita com cautela e baseada em dados consolidados e avalizados por profissionais certificados.

Toda escolha gera uma renúncia. Logo, nunca é possível abarcar todas as perspectivas otimistas em um só caminho. Por mais maduro que seja, seguir uma perspectiva sempre deixa um leque de talvez também boas opções para trás.

Diante desse cenário, os gestores das organizações precisam ter a mão o maior número de opções e dados possíveis. Assim, podem tomar a decisão mais coerente e interessante para a saúde da empresa.

Para ajudar a catalogar esses dados, quantificar as opções e qualificar as alternativas, elencamos alguns métodos de tomada de decisão. Eles vão clarear sua mente e evitar possíveis arrependimentos no futuro.

Boa leitura!

Leia também: Ferramentas de análise de cenário interno e externo: 3 dicas para tomadas de decisão mais assertivas

Métodos de tomada de decisão: Por que são importantes?

O maior desafio de um gestor ao fazer uma escolha não envolve apenas analisar métricas para encontrar a saída mais plausível de um problema, mas sim balancear as informações reunidas com a intuição e bagagem que o fizeram chegar até ali.

Ninguém nunca sabe com certeza qual será a consequência de uma escolha, já que embasamento e bom senso não eliminam totalmente a dúvida. E apesar de ser possível mensurar os resultados de algumas alternativas, é bom ter isso em mente para evitar decepções futuras e agilizar novas medidas.

Conheça 5 métodos de tomada de decisão

  1. Matriz de decisão: ela analisa uma série da variáveis relevantes para a tomada de decisão. Em seguida, atribui notas a cada uma delas e chega a uma pontuação para se escolher a melhor ideia para resolver um problema. Veja mais aqui: Matriz de decisão: saiba o que é e veja exemplos de aplicação
  2. Matriz GUT: um método parecido com o anterior, mas que tem os critérios de decisão predeterminados: Gravidade, Urgência e Tendência, as iniciais do acrônimo GUT.
  3. Brainstorming: trata-se de um método de tomada de decisão em grupo em que não se pode, na fase inicial, criticar as ideias dos outros. Entenda melhor aqui: Como conduzir um brainstorming: a arte de gerar ideias criativas em grupo
  4. Matriz de Eisenhower: usada para definir prioridades em função de sua urgência e de sua importância.
  5. Análise de Pareto: segundo esse método. 20% das causas são responsáveis por 80% dos efeitos. Por isso, ao tomar decisões, priorize esses 20% das causas mais relevantes.

Veja mais sobre Pareto neste infográfico do HEFLO:

métodos de tomada de decisão

Veja mais detalhes sobre algumas desses métodos de tomada de decisão. Leia este post de nosso blog: O que são ferramentas de tomada de decisão?

Acompanhe a seguir 11 dicas de como usar métodos de tomada de decisão para te ajudar nessas tarefas.

11 dicas de métodos de tomada de decisão

Confira as etapas do processo de tomada de decisão:

1 – Tenha auto confiança

Se você chegou ao cargo de gerência é porque a diretoria da sua empresa acredita no seu potencial e na sua capacidade de lidar com momentos de crise. A tomada de decisão envolve grande responsabilidade, pois pode influenciar nos colaboradores e contas.

Por isso, ter autocontrole quando surgem os obstáculos é essencial. Isso, não só para sanar o problema, mas também para direcionar a equipe aos locais-chave onde ela deve atuar.

Não se abale com o que possa acontecer, ver ou ouvir e acredite em si próprio. Não leve nada para o lado pessoal e aja com profissionalismo. Prove sua resiliência e capacidade de adaptação em situações de instabilidade.

2 – Identifique o problema

Saber com clareza o que está acontecendo e investigar a situação com riqueza de detalhes é um dos principais métodos de tomada de decisão a se considerar. Ter conhecimento sobre a raiz do problema a ser resolvido ajuda não só a solucionar a questão, mas também pode evitar que ele se repita.

Pode parecer básico, mas alguns gestores só se preocupam com o aqui e agora, acarretando decisões que apenas servem de medidas paliativas sem efeito de longo prazo.

3 – Analise o problema

Tente enxergá-lo de uma maneira panorâmica. Imagine como se não estivesse envolvido no centro daquilo. Quanto mais central o papel desenvolvido, mais difícil fica para tomar decisões.

Isso fará com que você consiga esfriar a mente e focá-la em uma solução isenta de juízos pessoais.

4 – Colete dados

Quanto mais informações a equipe e os gestores conseguirem arrecadar, melhor. Dados nunca são demais para lidar com uma questão, mas cuidado com a qualidade desses elementos.

Alguns deles podem ser desnecessários para tratar um problema e atrasar o processo, já que a análise demanda tempo. Foque apenas no que for mais importante no momento.

5 – Tenha calma

Esse é um dos métodos de tomada de decisão mais importantes para se chegar a um veredito consciente. Não seja impulsivo para dar qualquer passo, tenha em mente que é impossível fazer uma boa escolha com pressa.

O cenário ideal demanda calma para se chegar a um consenso com total isonomia e envolve tempo para pesar prós e contras de cada alternativas.

6 – Ouça os colaboradores

Ouvir quem está abaixo em uma hierarquia só demonstra humildade e é sinônimo de prestatividade com a empresa. Os colaboradores são peça-chave de qualquer processo pois são eles que lidam com a operação e conhecem como funciona cada detalhe da empresa.

Além de estreitar os laços e gerar confiança, perguntar a opinião deles acerca de um problema é essencial para solucionar problemas com o maior nível de segurança possível.

7 – Ouça especialistas

Ouvir a voz da experiência também é um dos métodos de tomada de decisão que mais endossam a escolha dos gestores. Além do histórico da empresa, às vezes, em passos mais importantes, é imprescindível pedir auxílio a algum especialista da área.

Eles podem te fazer enxergar além da sua visão periférica e trazer dados externos do mercado para embasar sua decisão com a bagagem de experiência e formação que possuem.

7 – Pesquise o mercado

Além de pedir a opinião de especialistas, procure outros cases de situações semelhantes à que você passa no momento e que solução a concorrência utilizou para solucioná-la.

Uma saída usada por outra empresa pode não servir para o seu caso, mas conhecer o mercado e as soluções de outras organizações vai trazer conhecimento que será útil no futuro.

8 – Simule as alternativas

Coloque no papel todos os dados coletados, pessoas ouvidas e análises realizadas para encenar o maior número de cenários de solução possível.

Pese os prós e contras de cada um e quais vão trazer resultados com a maior rapidez e no menor custo possível.

9 – Hora de agir

Depois de ouvir todos os envolvidos e escolher a melhor alternativa, é possível agir com base em dados quantitativos e qualitativos. São eles que vão afiançar sua tomada de decisão e lhe fornecer a maior segurança possível no processo.

Nesta etapa final, é importante não ter medo de arriscar, já que depois da exaustão de toda pesquisa, é difícil que algum problema novo surja até a finalização do processo.

Não deixe de arriscar. A organização também pode perder negócios e oportunidades de ascensão caso a alternativa selecionada seja conservadora ao extremo.

10 – Tome nota

Após a conclusão do procedimento, arquive todas as informações que foram arrecadadas para formar um banco de dados com possível uso futuro.

Caso um dos métodos de tomada de decisão escolhido não tenha surtido o efeito esperado, não se desespere. Reinicie a metodologia evitando os pontos que deram errado. Lembre-se: erros devem ser enxergados sempre como oportunidades de aprendizado.

Conclusão

Conhecer os métodos de tomada de decisão disponíveis para cada situação ajuda a seguir caminhos seguros, mas não isenta o gestor de riscos. Ter consciência deste fato é essencial para se planejar diante de obstáculos que possam vir a surgir e evitar frustrações.

O grande segredo de uma boa escolha é administrar a lógica e a intuição em uma balança que pese os dois itens com equidade.

Intuição envolve:

  • bagagem,
  • experiência,
  • feeling.

Enquanto a razão envolve:

  • dados,
  • pensamento analítico,
  • análise de riscos.

Equilibrar os dois é a somatória do sucesso.

Saiba mais: 9 exemplos de tomada de decisão nas empresas e o passo a passo para não errar na escolha

A Setting é um empresa de consultoria voltada para a entrega de valor e resultados. Por isso, usa uma abordagem sistêmica em que a tomada de decisão é sempre baseada em fatos.

Vera Maria Stuart Secaf

Vera Maria Stuart Secaf

Sócia e Consultora sênior, atua há mais de 20 anos na gestão em organizações de diversos portes e setores. Vera é administradora de empresas com MBA na Fundação Dom Cabral e Kellogg e Master em Governança na Nova Economia pelo GoNew Economy.

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