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O que tem a ver o famoso Cirque du Soleil com a não menos famosa estratégia do Oceano Azul?

Se você está interessado em buscar um ambiente empresarial menos competitivo, mais lucrativo e com custos de produção menores, continue lendo este posts.

Além de entender porque o Cirque du Soleil faz tanto sucesso, vai descobrir com funciona a Estratégia do Oceano Azul.

As 3 estratégias genéricas

Antes de falar da Estratégia do Oceano Azul, você precisa entender o conceito das 3 principais estratégias empresariais, rapidamente:

  1. Diferenciação: o negócio escolhe um benefício importante para o cliente, pode ser conforto, beleza, performance, status etc., e oferece esse diferencial com o maior nível de qualidade possível para seu público, destacando-se da concorrência. Evidentemente isso não é barato de se fazer.
  2. Liderança em custos: a empresa opta por um nível de qualidade menor, mas tem uma administração totalmente voltada para o controle de custos e para a eficiência, batendo seus concorrentes pelo preço baixo. As margens tendem a ser reduzidas.
  3. Nicho de mercado: sem condições de competir nem em custos nem em qualidade com as outras empresas, este negócio opta por um grupo pequeno e seleto de clientes (muitas vezes deixado de lado pelos demais competidores), os quais atende com o máximo de dedicação possível, fidelizando-os. O market share é bem menor.

Cada uma dessas estratégias tem suas vantagens e desvantagens.

Mas e se fosse possível reunir o melhor de cada uma delas: oferta de alta qualidade, baixo custo de produção e um mercado inexplorado pelos concorrentes?

Essa combinação de fatores é o segredo da Estratégia do Oceano Azul, que você vai conhecer agora!

Como o Cirque du Soleil utilizou a Estratégia do Oceano Azul

Muitos se perguntam como o Cirque du Soleil pôde se transformar tão rapidamente no sucesso que que é como empresa.

Ainda mais se levarmos em conta que a indústria do circo se encontrava (e se encontra até hoje) em franca decadência, nos anos 80, quando ele foi lançado.

A resposta está no tipo de mercado que o Cirque du Soleil atende.

Segundo os professores W. Chan Kim e Renée Mauborgne, os mercados se dividem em Oceanos Vermelhos e Oceanos Azuis.

Mas qual a diferença entre eles, afinal?

O que são os Oceanos Vermelhos?

Os oceanos vermelhos representam indústrias e mercados já existentes e consolidados. Neles, os limites de atuação da indústria e as regras de concorrência já estão definidas. As empresas se esforçam muito para superar os demais concorrentes.

Como o espaço desse mercado está lotado, a competição acirrada pode acabar com muitas empresas.

Também conhecida como Estratégia Competitiva de Mercado, esse é o ambiente de mercados instalados em um Oceano Vermelho.

O que são os Oceanos Azuis?

O Oceano Azul – ou a Estratégia de Criação de Mercado – tem outro enfoque.

Seu objetivo é criar e conquistar mercados ainda desconhecidos. Neles a demanda é criada em vez de ser disputada com os demais concorrentes em lutas sangrentas. Em alguns casos, isso gera uma indústria inteiramente nova.

Na maioria das vezes, os Oceanos Azuis surgem quando uma empresa resolve alterar os limites de uma indústria já existente.

E foi isso que o Cirque du Soleil fez quando misturou os conceitos de circo e de teatro.

O Cirque de Soleil tornou o espetáculo de circo mais artístico e sofisticado. Isso atraiu todo um novo grupo de clientes que não estava acostumado a ir ao circo.

São adultos que estão dispostos a pagar os altos preços dos ingressos da mesma forma que fariam para ir a uma peça de teatro da Broadway ou a um concerto de música clássica.

Outro ponto importante foi a redução de custos. O Cirque du Soleil simplesmente deixou de usar vários elementos do circo tradicional, como os caríssimos espetáculos com animais ou o uso de estrelas consagradas, que exigem cachês elevados.

O Cirque du Soleil, em resumo, inventou um novo território de mercado. Um mercado lucrativo em que não precisava escolher entre valor para o cliente ou custo elevado.

Ele conseguiu o inimaginável: a  diferenciação e o baixo custo no mesmo modelo de negócio.

O que define a Estratégia do Oceano Azul?

Podemos dizer que a Estratégia do Oceano Azul busca ao mesmo tempo entregar um alto valor percebido a seus clientes, mas com um custo reduzido para a empresa.

Essa é a grande sacada da Estratégia do Oceano Azul.

Com base em seu estudo sobre mais de 30 indústrias, os dois autores do best seller A Estratégia do Oceano Azul afirmam que as empresas que conseguem criar seus Oceanos Azuis, geralmente, aproveitam esses benefícios por de 10 a 15 anos.

Isso acontece porque criam diferenciais difíceis de copiar pelos rivais e se apropriam rapidamente do novo território de mercado.

Para alcançar todo o potencial de um Oceano Azul, as empresas devem traçar um plano estratégico que ultrapassa os limites tradicionais da indústria em que atuam ou pretendem atuar, para, assim, criar um novo território de mercado, ainda inexplorado.

Este artigo foi escrito por Júlio Paulillo, Co-founder e CMO do Agendor, a plataforma de aprimoramento em vendas para vendedores profissionais.

Vera Maria Stuart Secaf

Vera Maria Stuart Secaf

Sócia e Consultora sênior, atua há mais de 20 anos na gestão em organizações de diversos portes e setores. Vera é administradora de empresas com MBA na Fundação Dom Cabral e Kellogg e Master em Governança na Nova Economia pelo GoNew Economy.

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