BIO: Graduada em Administração de Empresas com Ênfase em Finanças e Pós-Graduada em Comunicação para o Mercado, atua na área de captação de recursos no 3º setor desde 1996. Tem especialização na área de Desenvolvimento Institucional, promovendo ações de Captação de Recursos e Comunicação e, atualmente, é gerente geral de Desenvolvimento Institucional do GRAACC, instituição social de combate ao câncer infantil que capta, anualmente, cerca de 60 milhões de reais para a operacionalização de hospital referência no país no tratamento de casos de alta complexidade.
01. Para manter o alto padrão de atendimento, quais os principais desafios enfrentados por uma organização sem fins lucrativos?
O principal desafio é manter constantemente a captação de recursos, para mantermos todos os recursos necessários para oferecer todas as chances de cura aos pacientes com câncer em tratamento no Hospital do GRAACC.
02. Qual o papel da área de Desenvolvimento Institucional e como ela contribui para que os desafios da Instituição sejam superados?
O papel da nossa área é cobrir o déficit hospitalar do GRAACC. Para isso, buscamos constantemente o apoio financeiro da sociedade e do empresariado, trabalhando também a divulgação da nossa instituição e da causa para que a população e as empresas tenham conhecimento do nosso trabalho e possam contribuir.
03. Ao longo dos últimos anos, o terceiro setor vem adotando práticas de gestão utilizadas pelas empresas privadas ou com fins lucrativos. Em sua opinião, houve um aprimoramento da gestão no setor? Qual o foi, ou está sendo, o maior impacto causado por essa mudança?
Com certeza as práticas de gestão do setor privado têm sido muito valiosas para o terceiro setor, em especial para a nossa área que utiliza essas práticas. O principal impacto é a profissionalização do setor em todas as áreas que atuamos, sempre visando o melhor resultado com eficiência, eficácia e planejamento com metas e objetivos previamente traçados.
04. Entendemos que empresas sem fins lucrativos possuem uma grande diversidade de público (doadores, sociedade, pacientes, setor público, etc.). Como fica a gestão dos objetivos desses públicos com seus diversos interesses?
A comunicação precisa ser clara, objetiva e transparente para todos os públicos com que a instituição se relaciona. Para isso, é importante o investimento em profissionais especializados e a utilização das ferramentas existentes no mercado para ser eficiente com a comunicação ao nosso público.
05. Assim como o terceiro setor aprendeu com as empresas lucrativas, imaginamos que as instituições de sucesso sem fins lucrativos tenham muito a ensinar às empresas de outros setores como, por exemplo, “ter uma boa causa”. Você concorda com esta afirmação? Com que outras práticas o terceiro setor poderia contribuir para que as empresas se tornem mais humanizadas?
Acreditamos que é importante que as empresas apoiem uma causa. Essa atitude é valiosa perante a sociedade e os seus funcionários. Acreditamos que é sempre possível ajudar sem interferir no core business da empresa. É nessa parte que as organizações podem contribuir com sugestões de como desenvolver essa cultura na empresa.