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Já vimos isso na faculdade, ou em artigos na internet, ouvimos constantemente em reuniões e, na verdade, já usamos muitas dessas ferramentas de gestão empresarial em nosso dia a dia.

Mas será que os conceitos por trás delas ainda estão frescos em nossa memória?

Estamos usando corretamente, na prática?

Para ajudar você a se certificar de que está usando essas ferramentas adequadamente – sejam elas novidades ou velhas conhecidas suas – montamos um resumo esquemático com tudo que você precisa saber sobre as principais ferramentas de gestão empresarial.

Boa leitura!

Resumo das 6 principais ferramentas de gestão empresarial

1- Análise SWOT

Não é exagero dizer que a Análise SWOT é uma das mais conhecidas e principais ferramentas de gestão empresarial.

Ela tem como objetivo auxiliar e aprimorar o planejamento estratégico e também pode ser usada em outros tipos de projetos.

  • Criadores: Kenneth Andrews e Roland Christensen, professores de Stanford, EUA.
  • Ano: Décadas 60 e 70

SWOT:

  • Strengths (forças)
  • Weaknesses (fraquezas)
  • Opportunities (oportunidades)
  • Threats (ameaças)

No Brasil alguns a chamam de FOFA:

  • Forças
  • Oportunidades
  • Fraquezas
  • Ameaças

A análise SWOT se divide no estudo do ambiente externo e do interno. Essa separação busca a otimização e trazer maior eficiência à análise.

Ambiente Interno: aquele que a empresa pode controlar

Pontos Fortes (Strengths) e Fracos (Weaknesses).

O que uma organização tem de pior e de melhor?

É necessário fazer friamente uma análise dessas características e analisá-las isoladamente.

Exemplos de Pontos Fortes:

  • Diferenciais reconhecidos pelo público
  • Recursos abundantes
  • Vantagens competitivas sustentáveis
  • Comunicação adequada com seus públicos
  • Localização privilegiada
  • Logística eficiente

Exemplo de Pontos Fracos:

  • Desconhecimento do grau de satisfação dos funcionários
  • O orçamento não é bem estruturado
  • Não investe em tecnologia
  • Matéria prima de baixa qualidade ou perecível
  • Logística pouco eficiente
  • Não tem plano de comunicação ou marketing

Ambiente Externo: situações conjunturais sobre as quais a empresa não pode interferir

Ameaças (Threats) e Oportunidades (Opportunities)

A organização realmente conhece o cenário externo e as mudanças que têm ocorrido no mercado, na economia e na sociedade?

Um planejamento estratégico bem elaborado precisa ter conhecimento do ambiente externo e enfrentar a realidade, preparando-se para as ameaças e aproveitando-se das oportunidades.

Exemplo de Ameaças:

  • Desaceleração econômica
  • Aumento de impostos
  • Desastres naturais
  • Política internacional
  • Regulamentações ambientais
  • Surgimento de novas tecnologias que a empresa não tem acesso

Exemplo de Oportunidades:

  • Queda da taxa de juros
  • Valorização da moeda (para empresas que importam insumos)
  • Situação climática favorável aos negócios da empresa
  • Estabilidade política
  • Mudanças nos hábitos de consumo da população favoráveis aos negócios da empresa

Munida dessas informações, a empresa deve traçar uma estratégia para usar suas forças para potencializar oportunidades, reforçando suas fraquezas, se necessário e, da mesma forma, como se defender de ameaças.

2- Matriz BCG

Técnica para seleção de estratégias, que se baseia no estudo da participação no mercado e na análise do portfólio de produtos.

  • Ponto central: definição de estratégias em relação ao portfólio de produtos, serviços ou unidades da empresa, classificando-as de acordo com sua participação no mercado e a taxa de crescimento do mercado em que atuam.
  • Criador: Bruce Handerson para a empresa americana de consultoria BCG (Boston Consulting Group)
  • Ano: 1970

Retrata 4 tipos de fontes de lucros ou resultados, sejam produtos, serviços ou unidades de negócios:

Estrela (stars)

  • Negócios com participação elevada no mercado
  • Altas taxas de crescimento
  • Alto potencial de lucratividade
  • Unidades de negócios ou produtos ganhadores de dinheiro, mas com alto custo

Pontos de Interrogação (question marks)

  • Negócios com participação pequena no mercado
  • Altas taxas de crescimento
  • Precisam de muito investimento
  • Retorno incerto

Vacas Leiteiras (cash cowns)

  • Negócios com alta participação em mercados estabilizados
  • Pequenas taxas de crescimento
  • Ganham dinheiro e produzem naturalmente (vacas leiteiras)
  • Não precisam de grandes investimentos

Abacaxis (pineapple)

  • Pequena participação de mercado
  • Pequeno crescimento
  • Precisam de dinheiro e não produzem o suficiente
  • Pode ser necessário descontinuar este negócio ou produto

Muitos produtos e negócios têm um ciclo de vida que passa pelos 4 quadrantes da matriz: começam como pontos de interrogação e tornam-se estrelas.

À medida que surgem novos concorrentes, transformam-se em vacas leiteiras e, posteriormente, em abacaxis.

A matriz BCG é uma das principais ferramentas de gestão empresarial quando a empresa precisa administrar carteiras de produtos e negócios.

3- Matriz de Ansoff

A matriz de Ansoff diz respeito aos riscos potenciais para a elaboração de um plano mais adequado para o desenvolvimento de um produto (ou serviço) e a abertura de novos mercados ou aproveitamento dos atuais.

  • Criador: Harry Igor Ansoff publicado como “Strategies for Diversification” para Harvard Business Review.
  • Ano: 1957
  • Ponto Central: Maneira rápida e simples de pensar sobre os riscos de crescimento.

Essa ferramenta divide as estratégias de inovação de produtos e mercados e 4 possibilidades:

  1. Penetração de Mercado: Expansão de vendas segura de um produto conhecido em um mercado já ocupado pela empresa.
  2. Desenvolvimento de Produtos: Introduzir um novo produto em um mercado onde a empresa já opera.
  3. Desenvolvimento de Mercado: Colocar um produto existente em um mercado novo para a empresa.
  4. Diversificação: Inserir um produto novo e em um mercado inexplorado e desconhecido.

Basicamente Ansoff descreve 4 caminhos possíveis para o crescimento da empresa, sempre relacionando a inovação do produto com o conhecimento um mercado já conhecido ou inexplorado.

O método ajuda encontrar novas maneiras de aumentar lucros e alcançar novos clientes.

O ideal é usar pesquisas de mercado para isso.

Confira em nosso blog: Entenda como a tecnologia está mudando as ferramentas de pesquisa de mercado

4- Modelo de negócios Canvas

É uma das principais ferramentas de gestão empresarial e planejamento de negócios desenvolvida mais recentemente.

Pode ser usado tanto para desenvolver modelos de novos negócios novos como reestruturar os existentes.

Descreve o funcionamento de uma empresa em todas as áreas de atuação e seu desenvolvimento.

Para isso, compartilha e captura valores de produtos e serviços através de canais e fluxos de informação.

  • Criador: Alexander Osterwalder
  • Ano: 2010
  • Ponto Central: O Business Model Canvas é um quadro de modelo de negócios separados em 9 segmentos.

Os 9 campos do modelos de negócios Canvas:

  1. Proposta de valor (Value Propositions) – o que a empresa tem a oferecer para o mercado e se terá valor aos clientes
  2. Segmento de clientes (Customer Segment) – tipos de clientes ou de público que serão o foco da empresa
  3. Os canais (Channels) – como o cliente compra e recebe o produto.
  4. Relacionamento com o cliente (Customer Relationships) – como a empresa se relaciona com cada segmento de cliente.
  5. Atividades chave (Key Activities) – atividades essenciais para a entrega da proposta de valor
  6. Recursos Principais (Key Resources) – recursos imprescindíveis para a realização de atividades chave.
  7. Parceiros Chaves (Key Partners) – atividades chaves terceirizadas com recursos externos
  8. Fonte de Receita (Revenue Streams) – representa o quanto os clientes estarão dispostos a pagar pela proposta de valor oferecida formas de pagamento, prazos…
  9. Estrutura de Custos (Cost Structure) – todos os custos necessários para que a produção e manutenção da estrutura funcionem.

A ferramenta Canvas coloca esses nove tópicos de maneira lógica e integrada, criando, capturando e entregando as informações para desenvolver uma estratégia que gere mas valor aos clientes e ao negócio.

É simples de ser construída, mas não quer dizer que a elaboração de um modelo de negócios seja fácil.

Ele não substitui um Plano de Negócios, porque em toda gestão estão envolvidos pesquisa e análise, mediante dados coletados.

Já o Canvas é mais focado nas tomadas de decisões rápidas de uma empresa e muito usado por startups.

5- As 5 forças competitivas de Porter

O modelo das 5 forças de Porter permite analisar o ambiente competitivo e o seu posicionamento diante dos concorrentes.

  • Criador: Michael Porter, “As 5 forças competitivas que moldam e estratégia”, publicado em Harvard Business Review
  • Ano: 1979

As 5 forças competitivas de Porter são:

1- Rivalidade entre concorrentes:

Quanto maior o nível de rivalidade, maiores os investimentos necessários para se manter competitivo no mercado.

2- Poder de barganha dos clientes:

Quanto muitas opções de produtos ou serviços semelhantes, maior o poder dos clientes de fazerem exigências de preço e qualidade. Isso instiga o aumento da qualidade, a busca de diferenciais e da inovação.

3- Poder de barganha dos fornecedores:

Quando há poucos fornecedores ou quando se unem em cartéis, criam uma dependência no mercado podendo ditar preços e prazos.

4- Ameaça de novos concorrentes:

Quando um mercado apresenta poucas barreiras de entrada (como a necessidade dominar tecnologias complexas, altos investimentos de instalação, ganhos de escala e até regulamentação do governo, entre outros) existe a possibilidade de novos concorrentes se estabelecerem facilmente no mercado.

5-  Ameaça de produtos substitutos:

Produtos substitutos são aqueles que atendem as mesmas necessidades dos clientes clientes sua empresa, mas não são os mesmos que ela produz. É preciso estar a alerta não apenas aos concorrentes diretos, mas aos substitutos, como foi o caso do AirBnB em relação aos hotéis.

As 5 forças de Porter colaboram para que as empresas percebam a complexidade do mercado e de seus concorrentes e busquem maneiras mais eficientes de .

6- Princípio de pareto 80/20

  • Criador: Vilfredo Pareto
  • Ano: 1892, Universidade de Lausane

É uma técnica que permite selecionar:

  • Prioridades quando se enfrenta grande número de problemas
  • Localizar as causas mais importantes que geraram o problema
  • 80% dos resultados são produzidos por 20% das causas

A maior quantidade de ocorrências ou efeitos depende de uma quantidade pequena de causas.

A empresa deve levantar as causas de uma única ocorrência e contar quantas vezes cada causa ocorre.

Ex: Por que os clientes reclamam de nossos serviços?

E, em seguida classificar em categorias, como:

  • Demora no atendimento
  • Falta de atenção
  • Solução incorreta

E a causas mais numerosas seriam então a prioridade.

  1. Como estabelecer prioridades:
  2. Definir as ações (metas) e estabeleça uma data (prazo) para realizá-las;
  3. Saber exatamente do que cada área é responsável;
  4. Conhecer a capacidade da equipe;
  5. Conseguir delegar;
  6. Analisar o rendimento de cada departamento e fazer ajustes.

Os valores de uma empresa estão relacionados diretamente com a realização de seus objetivos. É o ponto de partida para a tomada de decisão.

Basicamente: Focar em ações que irão gerar mais resultados.

Essas foram as principais ferramentas de gestão empresarial e as mais utilizadas por quem deseja melhorar o gerenciamento de uma empresa.

A Setting é uma consultoria especializada a ajudar sua empresa a aplicar essas e outras ferramentas, por meio de uma gestão baseada em fatos, ética e transparente, com foco no cliente e valorizando as pessoas.

Vera Maria Stuart Secaf

Vera Maria Stuart Secaf

Sócia e Consultora sênior, atua há mais de 20 anos na gestão em organizações de diversos portes e setores. Vera é administradora de empresas com MBA na Fundação Dom Cabral e Kellogg e Master em Governança na Nova Economia pelo GoNew Economy.