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Governança corporativa é o conjunto de boas práticas que as organizações devem seguir a fim de gerar mais transparência na gestão, harmonia e troca de informações entre as partes interessadas, como sócios, proprietários, gestores, órgãos de fiscalização e a sociedade. Dessa forma, agrega-se valor ao negócio, diminuem-se riscos, facilita-se o acesso a capital e promove-se a sustentabilidade da instituição em longo prazo.

Assim, uma das características da governança corporativa é diminuir os conflitos de interesse na gestão da empresa e mostrar para a sociedade que a tomada de decisão é baseada em fatos e que tudo é realizado da maneira correta.

E essa transparência acaba por valorizar o negócio, em uma sociedade em que o novo perfil do consumidor evidencia pessoas cada vez mais preocupadas com o valores que as empresas defendem.

Para isso, recomenda-se seguir os 4 princípios.

Os 4 princípios da governança corporativa

  • Transparência;
  • Equidades;
  • Prestação de contas;
  • Responsabilidade corporativa.

Certo, ficou claro que as características da governança corporativa podem beneficiar seu negócio, mas como colocar isso em prática? Como usar os princípios da governança corporativa de forma efetiva em sue dia a dia de trabalho? Existem exemplos de governança corporativa a seguir?

Sim, existem alguns modelos de governança corporativa!

Por isso, neste posts, vamos mostrar para você o 5 principais modelos de governança corporativa mais empregados ao redor doo mundo e como usá-los em sua empresa:

  1. Modelo japonês
  2. Modelo alemão
  3. Modelo anglo-saxão
  4. Modelo latino-americano
  5. Modelo latino-europeu

Continue a leitura e descubra também as características da governança corporativa em cada um dos modelos e como encaixá-los na cultura de sua organização.

Leia mais: GUIA: Os 4 princípios de governança corporativa e um passo a passo de como implantar na sua empresa

Antes de prosseguir, que tal ouvir um pouco mais sobre as características da governança corporativa nesta entrevista exclusiva com Sandra Guerra, umas das maiores especialistas do país neste tema?

Veja também: Exemplos de Governança Corporativa: 3 cases de sucesso para se inspirar

Os 5 modelos de governança corporativa

Os modelos de governança corporativa estão divididos por região do globo onde foram criados e são mais aplicados atualmente.

Veja, a seguir, as características de cada um desses exemplos de governança corporativa.

1. Modelo japonês

Também conhecido como Insider System, o modelo japonês de governança corporativa tem uma característica bastante peculiar: são o acionistas de grande porte que estão fazendo a gestão dos negócios, em seu dia a dia.

Isso acontece porque o modelo japonês é muito usado por grandes corporações familiares.

Mas as características diferenciadas do modelo japonês de governança corporativa não param por aí. Outro fato muito comum é que um banco ou instituição financeira de porte esteja diretamente ligada às operações da empresa. E, em muitos casos, essa instituição também é acionista da empresa.

Por fim, vale destacar que neste modelo o papel do governo e de órgãos oficiais também é muito importante. Dessa forma, funcionários públicos aposentados e de confiança de algumas organizações governamentais podem ser indicados para o conselho de administração.

2. Modelo de governança corporativa alemão

No modelo alemão de governança corporativa, as instituições financeiras, de forma análoga ao exemplo de governança corporativa japonês, também têm participação nas empresas.

Quanto ao conselho administrativo, o modelo de governança corporativa alemão prevê dois níveis desse órgão:

  • Conselho de administração: composto por executivos que trabalham no dia a dia do negócio.
  • Conselho de supervisão: neste conselho estão presentes pessoas que não fazem parte da gestão direta da empresa.

Veja mais:

3. Modelo anglo-saxão

A característica principal do modelo de governança corporativa anglo-saxão é que os administradores do negócio e os acionistas não se misturam, existem papéis diferenciados para cada um deles.

Assim, os acionistas têm um poder hierárquico superior aos administradores. Mas, apesar disso, não tem papel na direção da empresa, não põem a mão na massa. O que fazem é definir as diretrizes do negócio para que ele traga o maior remuneração possível sobre o capital que investiram, sem prejudicar os acionistas minoritários.

Dessa forma, tanto diretores como acionistas fazem parte do conselho de administração. Porém, as decisões mais importantes do negócio são submetidas a votações dos acionistas.

O modelo de governança corporativa anglo-saxão é muito usado no Reino Unido e nos Estados Unidos da América.

4. Modelo latino-americano

O modelo latino-americano de governança corporativa tem algumas características próprias.

Em primeiro lugar, empresas familiares são muito fortes e presentes no mercado, o que leva a uma contração de capital nas mãos de alguns grupos.

Assim, o mercado de capitais não consegue regular com a pressão necessária essas empresas cujo patrimônio pertence a uma única família.

Por outro lado, as privatizações de antigas empresas estatais têm  levado a criação de companhias com capital mais diluído, o que favorece uma governança corporativa mais efetiva e relevante.

5. Modelo latino-europeu

Para finalizar nossa lista de modelos de governança corporativa, vamos falar do latino-europeu.

Nessa caso, de forma semelhante ao modelo latino-americano, o patrimônio está concentrado em algumas corporações familiares de porte.

Em outros casos, são grupos de empresas consorciadas que detém esse patrimônio, mas o resultado é o mesmo: baixo controle externo sobre as decisões do negócios e uma governança corporativa fraca

Assim, nem o bancos podem fazer pressões sobre a gestão do negócio e os acionista minoritários estão pouco protegidos.

Leia também: 9 livros de Governança Corporativa: aprenda sobre o tema com os melhores autores

Este quadro do blog Governança Corporativa resume mais algumas das características dos modelos de governança corporativa, confira:

modelos de governança corporativa

A Setting é uma empresa de consultoria voltada para resultados, por isso, usa uma metodologia sistêmica, baseada em fatos. Dessa forma, agrega mais valor ao seu negócio.

Jorge Secaf Neto

Jorge Secaf Neto

Sócio fundador da Setting e Conselheiro Certificado IBGC, atua como Conselheiro e Consultor Sênior em organizações que buscam transformação. Tem seus principais interesses profissionais vinculados à educação executiva de forma continuada, e à busca pela excelência em Governança e Gestão organizacional.

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