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Quanto você gasta? Onde aplica seus recursos? Quanto pretende investir? Tem ideai de quais serão suas entradas de caixa nos próximos meses?

Saber exatamente o que é projeção financeira e como funciona é fundamental para o planejamento de recursos de uma empresa.

A projeção financeira aparece como uma previsão do cenário financeiro da companhia. Ao estimar lucros e despesas futuros, o gestor consegue ter uma visão muito mais ampla de seu negócio e saber como e quando pode investir mais e em quais recursos.

Trata-se de um apoio essencial para garantir a saúde financeira da empresa.

Fazer uma boa projeção é sinônimo de planejamento e assertividade nas tomadas de decisões. Com este documento, você organiza as finanças do negócio e escolhe melhor os recursos sem risco de ficar no vermelho!

Veja mais detalhes sobre o que é projeção financeira, seus tipos, cálculo de projeção financeira e todas as suas vantagens!

Leia também: Como fazer valuation na sua empresa: passo a passo e exemplo

O que é projeção financeira e como é calculada?

A projeção financeira é uma previsão de receitas e despesas futuras. Apurada por períodos, geralmente ela é feita considerando a saúde financeira no curto e médio prazo.

O curto prazo envolve uma análise realizada mês a mês, com pelo menos um ano de previsão. Enquanto isso, o médio prazo antecipa a previsão financeira por um período mais extenso, de três anos, calculado anualmente.

A estimativa é calculada com base em análises de dados internos e históricos, e também considera fatores externos de mercado para chegar à uma previsão mais assertiva.

O que influencia nessa conta?

  • Saldos da empresa
  • Despesas da empresa
  • Fluxo de caixa
  • Histórico de vendas
  • Capacidade de produção
  • Transações do dia a dia
  • Comportamento do mercado
  • Sazonalidade (ou seja, uma época específica do ano em que sempre há mais ou menos movimentações/vendas etc.)

Veja também em nosso blog: O que é orçamento base zero e porque aplicá-lo na empresa

Os 3 tipos de projeção financeira

Quando falamos em tipos de projeção financeira estamos nos referindo ao prazo e objetivo proposto pela análise. São eles:

A curto prazo

Baseia-se em dados mensais para a projeção do ano e serve principalmente para saber onde investir, gerenciar o fluxo de caixa e levantar a possibilidade de novas negociações, assim como prestar contas para sócios e acionistas.

A médio prazo

Baseia-se em dados mensais para a projeção de três anos e mostra o crescimento da empresa neste período futuro. Nesse tipo de projeção os dados quantitativos são essenciais, uma vez que erros podem custar mais caro.

O objetivo dessa projeção mais larga pode ser para validar um plano de negócios, calcular a necessidade de capital na empresa ou acompanhar o crescimento da empresa como um todo, planos de carreira, etc. Para mais assertividade é recomendado fazer uma revisão a cada seis meses.

A longo prazo

A projeção a longo prazo usa uma base anual para ter uma projeção dos próximos cinco anos. Neste caso o intuito é entender a possibilidade de crescimento da empresa de uma maneira mais ampla, levantar cenários possíveis, revisar a estratégia da empresa, seu valor e potencial. A revisão pode acontecer anualmente, principalmente se houver um investimento ou oportunidade maior.

Leia mais: Como planejar o crescimento de uma empresa de forma estratégica

Projeções financeiras são de grande ajuda na hora de fazer o controle financeiro de seu negócio. Confira os 5 pontos-chave do controle-financeiro:

O que é projeção financeira

Fonte: Nfe.io

Quais os benefícios da projeção financeira?

O que todas as projeções financeiras têm em comum é que permitem uma visualização antecipada do desenvolvimento do negócio.

Ou seja, trazem uma visão estratégica sobre o financeiro e ideal para a aplicação correta de recursos.

Com a projeção há o monitoramento constante de resultados, que ajuda principalmente nos planos de ação da empresa, uma vantagem relevante para mantê-la competitiva.

O planejamento também reduz perdas financeiras e contribui no aumento da produtividade. As projeções tornam a gestão mais segura de suas decisões, principalmente no direcionamento dos investimentos.

Este post também pode interessar a você: 4 dicas de redução de custos nas empresas para aumentar suas margens

Dicas de como fazer projeção financeira

Uma vez que você compreende o que é projeção financeira e como funciona, fica mais simples colocá-la em prática.

Você precisa ter em mente que os números são imprescindíveis e, quanto mais controle financeiro você tiver na rotina, melhor será a sua análise futura.

Mas como fazer projeção financeira, afinal?

A ideia é levantar a situação real da empresa para saber trabalhar com os recursos e investimentos disponíveis com clareza e estabelecer, assim, planos de constante melhoria e desenvolvimento.

Por isso, tenha como base principal sua projeção de fluxo de caixa, que deve estar sempre atualizada.

Ainda em dúvida de como fazer a projeção financeira de sua empresa? Elaboramos um passo a passo que vai ajudar você nessa missão!

Como fazer projeção financeira em 5 passos simples e objetivos

Para entender como fazer uma projeção financeira, tenha em mente que você vai analisar 3 coisas principais:

  1. Os números atuais do seu negócio,
  2. Relembrar o números do passos,
  3. Analizar tendencias.

Assim, você fará ilações sobre como poderão estar as finanças do seu negócio no futuro.

Para isso, você deve dar 6 passos, que vamos apresentar agora!

1 – Faça um diagnóstico da situação atual do negócio

  • Quanto a empresa tem em caixa?
  • Quanto tem a receber em curso e em longo prazo?
  • Tem encomendas de clientes? Tem dívidas a pagar? São de curto ou de longo prazo?
  • E quanto a aplicações e financeiros e reservas, conta com isso?
  • E sobre os ativos imobilizados, qual é o seu valor?
  • Quais as despesas médias mensais?

É preciso responder a essas e outras perguntas desse tipo para ter uma noção inicial de como andam as finanças da empresa para, depois, dar início aos processo que vai, realmente, definir as projeções financeiras do negócio.

2 – Qual o seu histórico de entradas?

Toda empresa se mantém viva com sua recusa de vendas e de outras origens de recursos.

Assim, ela tem uma entrada de valores fornecida pelo seu core business, a sua atividade principal, e, eventualmente, pode ter outras receitas, como de aplicações financeiras ou venda de ativos.

O ideal, na hora de fazer uma projeção financeira, é levar em consideração apenas as receitas da atividade fim do negócio. Mas, é claro, se há previsão de venda de ativos, isso não deve ficar de fora.

Apenas devemos ficar atentos ao fato de que essas receitas “extras” são eventuais e podem não revelar adequadamente se o negócio está mesmo com uma boa saúde financeira.

Ao analisar todo seu histórico de receitas, fique de olho na sazonalidade e em eventos fora da curva.

Por exemplo, uma Copa do Mundo, pode ter afetado suas vendas positivamente de forma desproporcional. E, da mesma forma, eventos negativos, que podem ter diminuído sua receita em épocas de crise.

Assim, você terá um quadro bastante apurado das possíveis entradas de caixa em sua empresa nos próximos 12 meses, ou n o período em que deseja fazer sua previsão financeira.

Você pode ajustar essa provisão incluindo eventuais encomendas de vendas já realizadas, ou receitas recorrentes, dependendo do seu tipo de negócio.

3 – Liste seus custos, suas despesas fixas e suas despesas variáveis

Se você já sabe quanto vai receber ao longo do período de sua análise para a projeção financeira, se descobrir quanto vai gastar, terá proativamente meio caminho andado para fazer sua projeção.

Lembre-se que as despesas fixas não dependem diretamente do volume de vendas.

Por exemplo: não importa quanto você vendeu, o aluguel de suas instalações será o mesmo.

Já as variáveis, como o nome diz, variam, com o volume de vendas, como as comissões de vendedores, por exemplo.

Outro detalhe: custos estão ligados diretamente à produção, já as despesas estão relacionadas às atividades de apoio.

Assim, a energia elétrica usada para manter as máquinas de um indústrias funcionando varia conforme a demanda de vendas, por isso, é considerada um custo variável.

Um  custo fixo pode ser o salário para remunerar a mão de obra operacional, caso a empresa não faça horas extras para produzir mais.

Listando todas as suas despesas fixas e variáveis, e também seus custos fixos variáveis, poderia prever seus gastos mês a mês.

Estamos progredindo, já sabemos quanto vamos receber e quanto vamos gastar! Tá ficando fácil fazer uma projeção financeira!

4 – Use os dados anteriores para montar seu fluxo de caixa

O fluxo de caixa mostra os possíveis saldos diários (ou semanais, ou mensais etc.) de suas contas no futuro e mantém guardados os dados do passado.

Evidentemente para achar esses saldos basta subtrair das receitas da empresa seus custos e despesas, seus gastos, em outras palavras

E como você já definiu isso anteriormente, ficou fácil!

Que ver um exemplo de previsão financeira de fluxo de caixa? Criamos um, bem simplificado, abaixo.

Exemplo de cálculo de previsão financeira: fluxo de caixa

Imagine que você apurou que suas despesa e custos nos 3 próximos meses:

  • Mes 1: 8.000,00
  • Mes 2: 6.750,00
  • Mes 3: 9.000,00

E que suas receitas previstas serão estas:

  • Mes 1: 10.000,00
  • Mes 2: 11.250,00
  • Mes 3: 13.000,00

Assim, apurando o saldo mês a mês, teremos o seguinte fluxo de caixa:

Mes = 2.000,00; mes 2 = 4.500; mes 3 = 4.000

Fique atento que saldos de caixa são diferentes de lucro, mas vi que saberia a quantia que terá disponível.

O cálculo pode ser feito com ajuda de planilhas e até de softwares especializados, apresentando uma previsão de caixa diária.

Veja também: Como projetar um fluxo de caixa empresarial em 5 passos descomplicados

5 – Faça o acompanhamento dos resultados reais

 Muito bem, você já tem uma projeção financeira que mostra como estará a situação das contas de sua empresa nos próximos meses.

Mas, como sabemos, as coisas nem sempre acontecem da forma que planejamos.

Por isso, é fundamental que você acompanhe o resultado mês a  mês, dia a dia, se necessário e verifique se suas projeções estão se contaminando.

Além disso, conforme você for recebendo mais encomendas de clientes, ou se alguns custos e despesas aumentarem, ou ainda se a demanda variar devido a fatores externos à empresa, ajuste sua projeção e mantenha seus dados sempre confiáveis.

Leia também: Planejamento financeiro empresarial: um guia completo com conceito, importância e passo a passo para você elaborar um para a sua empresa

Importância das previsões de vendas e de gastos

A previsão de vendas e despesas também é necessária, de acordo com todos os custos de produto, média de vendas, gasto por venda, contar a pagar, despesas fixas e previsíveis, etc. Com um lucro estimado sua projeção financeira também se torna mais assertiva. Se possível, utilize a demonstração de resultado do exercício (DRE) da empresa para garantir dados 100% fiéis à realidade.

O balanço patrimonial, que também traz uma visão geral sobre valor líquido da empresa, pode ser um bom auxiliar para a projeção. Empresas mais maduras ainda podem utilizar demonstrativos de perdas e lucros de anos anteriores para prever mais estratégias, como aquelas relacionadas à sazonalidade.

Quando for projetar o financeiro futuro da sua empresa, lembre-se de não ser extremamente otimista, o que poderia prejudicar seu orçamento lá na frente. Analise os dados e projete investimentos de acordo com o comportamento do mercado, sem exageros ou achismos.

Continue acompanhando nossos conteúdos para saber os melhores métodos de gestão financeira!

Veja também: Você sabe o que faz um consultor financeiro empresarial? Descubra 5 razões para contratar esse profissional

A Setting é uma consultoria de gestão empresarial com foco na criação de valor e em atingir resultados para seu negócio. Assim, usa a visão sistêmica e a tomada de decisão baseada em fatos, valorizando a ética, as pessoas e a excelência no atendimento ao cliente.

Vera Maria Stuart Secaf

Vera Maria Stuart Secaf

Sócia e Consultora sênior, atua há mais de 20 anos na gestão em organizações de diversos portes e setores. Vera é administradora de empresas com MBA na Fundação Dom Cabral e Kellogg e Master em Governança na Nova Economia pelo GoNew Economy.

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