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A partir da década de noventa, as ONGs passaram a desempenhar papel de fundamental importância para a sociedade Brasileira, na medida em que aparecem como sendo parte da solução para os problemas sociais do desenvolvimento.

A sociedade vem se conscientizando de que precisa participar destas soluções, e muitas organizações têm atuado com propriedade neste sentido, mas os desafios do terceiro setor continuam imensos.

Com a maior aproximação das empresas privadas com as organizações do terceiro setor, seja por meio do estímulo dos institutos de cidadania, da participação nos conselhos ou mesmo atuando em trabalhos voluntários, a troca de conhecimento e conseqüentemente o aprendizado mútuo têm ocorrido de forma rápida e eficiente.

Neta postagem, veja como esse convívio pode auxiliar as ONGs a enfrentarem os desafios do terceiro setor.

Como enfrentar os desafios do terceiro setor

Práticas de gestão utilizadas pelo setor privado têm sido absorvidas pelo terceiro setor, permitindo um crescimento mais estruturado e efetivo.

No entanto, avaliar os resultados das organizações do terceiro setor não é tarefa fácil, tendo em vista que, muitas vezes, os financiadores ou mantenedores estão mais preocupados com aspectos econômicos e financeiros, e as organizações com os aspectos sociais de suas ações.

Um outro dos desafios do terceiro setor é a utilização, além dos indicadores quantitativos, dos indicadores qualitativos como resultados de pesquisas de satisfação, imagem, e outros, importantes para as organizações sem fins lucrativos.

Usando o BSC no tercreiro setor

O Balanced Scorecard, hoje conhecido simplesmente como BSC, é uma ferramenta que avalia a relação de causa e efeito entre os indicadores quantitativos e qualitativos, dividindo-os em quatro perspectivas básicas: financeira, do cliente, de processos e de aprendizado & crescimento.

Para o terceiro setor a missão aparece como sendo uma das perspectivas e é nela que estão ligados os objetivos estratégicos das organizações.

O objetivo maior de toda organização, seja do terceiro setor ou do setor privado é criar valor. Valor para o cliente, para os beneficiários do serviço, para os financiadores, para a comunidade, para os colaboradores, valor para os proprietários, valor para os consumidores. E o meio mais utilizado para isto, é a formulação de uma estratégia ligada à visão e à missão da organização.

Nas organizações sem fins lucrativos, os doadores fornecem os recursos – eles pagam pelos serviços – enquanto que outro grupo recebe o serviço. Assim, as organizações definem objetivos estratégicos para os dois tipos de clientes, o que recebe o serviço (usuário ou beneficiário) e o que paga por eles (doadores, mantenedores).

Cada objetivo estratégico terá indicadores e metas que serão medidos e acompanhados ao longo do tempo possibilitando o monitoramento e confirmando ou não as relações de causa e efeito estabelecidas anteriormente.

Definindo metas e planos para o terceiro setor

O mapa estratégico, as metas, os planos de ação e os indicadores são instrumentos presentes na metodologia e utilizados na implementação de um sistema de gestão de desempenho.

Assim, para que uma estratégia seja implementada, todos os envolvidos com a organização devem estar alinhados e ligados com a estratégia, além de ser fundamental que o processo de implementação seja contínuo e participativo. O sucesso somente virá quando a estratégia se transformar no trabalho do dia-a-dia e, consequentemente, em ação.

O Balanced Scorecard proporciona aos dirigentes o conjunto de instrumentos necessários para a navegação em direção ao futuro imaginado na visão. Permite ainda a correção da rota em um ambiente competitivo e mutável e proporciona a ligação entre a estratégia e a ação.

Assim, a utilização do BSC como ferramenta de gestão estratégica, possibilita às organizações enfrentarem os desafios do terceiro setor a que estão sujeitas, além de tornarem-se mais transparente através da divulgação do desempenho da organização, bem como o alcance da realização de sua missão.

Vera Maria Stuart Secaf

Vera Maria Stuart Secaf

Sócia e Consultora sênior, atua há mais de 20 anos na gestão em organizações de diversos portes e setores. Vera é administradora de empresas com MBA na Fundação Dom Cabral e Kellogg e Master em Governança na Nova Economia pelo GoNew Economy.

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